Home > Glicerina Na Sustentabilidade Da Produção Da Poliacrilonitrila "Verde"
Da mesma forma que o propeno e o propano são empregados na produção de acrilonitrila, a glicerina pode ser empregada na sua síntese.
O processo SOHIO para produção de acrilonitrila foi descoberto a partir da observação que o propeno em presença de oxigênio e catalisadores específicos, produzia a acroleína, que era evidenciada pelo seu cheiro irritante.
Já se sabia que a acroleína poderia reagir com a amônia (NH3) para produzir a acrilonitrila. Portanto, para o completo desenvolvimento da síntese da acrilonitrila, foi necessário realizar as etapas de produção de acroleína e sua amoxidação, em uma mesma operação, o que foi bem sucedido pelo emprego dos catalisadores a base de fosfomolibdato de bismuto sob condições controladas de pressão e temperatura (Processo SOHIO).
Também é conhecido desde o século XIX que a glicerina pode ser desidratada empregando aquecimento e bissulfato de potássio ou sulfato de magnésio anidro para a produção de acroleína.
Portanto, para se produzir a acrilonitrila a partir da glicerina, é necessário que a desidratação e a amoxidação fossem realizadas em uma mesma etapa, empregando catalisadores e condições específicas, o que já foi realizado em escala laboratorial.
Até o presente momento não foi desenvolvido nenhum processo industrial para a produção de acrilonitrila partindo da glicerina, mas existe muitas pesquisas sendo realizadas neste sentido, tendo sido já desenvolvido em escala laboratorial catalisadores a base de óxidos de vanádio, antimônio e nióbio suportados em alumina que fazem a amoxidação e catalisadores a base de WO3/TiO2 que fazem sua desidratação. Ainda muitos desenvolvimentos deverão ser realizados para que a produção de acrilonitrila partindo da glicerina seja competitiva com o processo SOHIO.