Home > Glicerina Como Plastificante "Verde" Da Pan
Dentre os vários plastificantes que podem ser empregados no processo de fusão da PAN, está a glicerina e seus derivados com ácido graxos, como mono-di- ou tri estearatos de glicerila, fosfato de glicerila e carbonato de glicerila, entre outros. Isto significa que o emprego desta matéria prima renovável, barata e de baixo risco ambiental, pode fazer o processo de produção de fibras de PAN mais econômico e sustentável.
A disponibilidade da glicerina a baixo preço é uma tendência mundial e deverá se expandir devido ao emprego do biodiesel na substituição de combustíveis fósseis.
Devido a esta disponibilidade de glicerina no mercado a um preço bastante baixo é muito vantajoso o seu emprego na plastificação de polímeros, como a PAN.
Neste sentido, o IGTPAN pesquisa a anos o emprego da glicerina com este propósito de uso como plastificante em copolímeros de PAN para a produção de resinas termoplásticas denominadas THERMPAN, que podem ser usadas em extrusoras, seja para produção de fibras ou qualquer outro tipo de formato.
A viabilidade do emprego da glicerina na plastificação da PAN já foi comprovada no IGTPAN, que desenvolveu equipamentos pilotos para fazer a produção de fibras por fiação por fusão ou melt spinning, tendo inclusive já recebido o direito de duas patentes no Brasil.
A glicerina como plastificante não levará a substituição dos processos atuais de fiação da PAN, já que as fibras obtidas por processo termoplástico não apresentam as mesmas qualidades para aplicação têxtil, principalmente em termos de cor, que, por ser um processo térmico, gera amarelamento das fibras obtidas. Mas, por outro lado, empregando a glicerina como plastificante, torna-se possível a produção de uma enorme quantidade de produtos contendo a PAN, que não existem atualmente e que precisam ser estudados.
Uma grande vantagem do emprego da glicerina na plastificação da PAN é que, por ser muito solúvel em água, ela pode ser facilmente removida das fibras por lavagem, restaurando as fibras na mesma composição do copolímero original, como se fossem produzidas por fiação úmida.
Desta forma, estas fibras também podem ser adequadas para produção de fibra de carbono.
Segue algumas vantagens do uso da glicerina como plastificante na produção de fibras de PAN:
Produção crescente no mundo e na ordem de 2,3 milhões de toneladas por ano.
Baixo custo na faixa de US$150/ton
Não apresenta toxicidade para humanos, animais e plantas por entrar na constituição dos organismos vivos.
Alta taxa de biodegradação e não gera resíduos tóxicos.
Proveniente de biomassa que fixa o gás carbônico atmosférico a partir da fotossíntese.
É solúvel em água e pode ser facilmente removida das fibras por lavagem.
Pode substituir solventes tóxicos como a dimetilformamida (DMF) e dimetilacetamida (DMAc) na produção de fibras.
Atuando como plastificante, pode ser empregados equipamentos mais simples de fiação e conformação como extrusoras.
Atuando como plastificante, pode-se produzir formatos de PAN não existentes no mercado, como monofilamentos, filmes, tubos, placas, fitas e muitos outros tipos.