MERCADO DE FIBRAS TEXTEIS
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Atualmente, a poliacrilonitrila encontra-se inserida na indústria têxtil sob forma de fibras rotuladas como “acrílicas”.
Propriedades como alta resistência elétrica, elasticidade e baixa densidade fazem da fibra acrílica um material bastante utilizado como material industrial, especialmente na indústria do vestuário. Outra aplicação que veio crescendo recentemente é seu uso em mobília doméstica.
No ano de 2019 o consumo mundial de fibras acrílicas foi estimado em aproximadamente 1,9 milhões de toneladas. Este volume tem-se mantido por vários anos e com tendência a se reduzir um pouco mais até 2025. Isso ocorre tanto pela alta flutuação do preço de sua matéria-prima (acrilonitrila) - que influencia as margens de lucro dos players da indústria -, quanto a forte ameaça apresentada por fibras substitutas e alternativas que estão rapidamente ganhando mercado (exemplo: poliéster).
No entanto, seu consumo deve se permanecer relativamente estável pelos próximos 10 anos, já que existem poucas fibras com propriedades semelhantes e de custo menor para substituição da PAN nas suas aplicações atuais.
A região onde se concentra a maior produção de fibras acrílicas é a China que responde por aproximadamente 40% da produção mundial, seguida das regiões que abrangem Oriente Médio e África, com 20%.
Produção e estimativa do mercado de fibras acrílicas no mundo
As maiores empresas produtoras no mundo, responsáveis por aproximadamente 50% da capacidade mundial, são:
- AKSA Akrilik (Turquia), que tem capacidade de produção de 330.000 T/A. A empresa possui participação de 19% no mercado global de fibras acrílicas e 70% no mercado doméstico.
- Jilin Qifeng Chemical (China), com uma capacidade de 140.000 T/A, que, ao se juntar investimentos com a empresa italiana Italy Montefibre, atingiu uma capacidade de 240.000 T/A.
- Dralon (Alemanha), que possui capacidade de 188.000 T/A.
- Aditya Birla Group, que produz a marca Birlacril pela Thai Acrylic Fiber Co Ltd, na Tailândia, com capacidade de 120.000 T/A
- SPC Sinopec (China) que possui capacidade de 113.200 T/A
Outras empresas cuja capacidade é inferior a 100.000 T/A são:
- CNPC (China)
- Companhia Sudamericana de Fibras (SDF) (Perú)
- DOLAN GmbH (Alemanha)
- Exlan Toyobo Group (Japão)
- Formosa Plastics Corp (Taiwan)
- Indian Acrylics (India)
- Jiangsu Zhongxin Resources Group (China)
- Kaltex (México)
- Kaneka Corporation (Japão)
- Mitsubishi Rayon Group (Japão)
- Pasupati Acrylon (India)
- Polyacryl Iran Corp (Irã)
- Polymir (Belarus)
- SGL Carbon (Ex-Fisipe) (Portugal)
- Taekwang Industrial (Corea)
- Tong-Hwa Synthetic Fiber (Taiwan)
- Toray (Japão)
- Vardhman Acrylics (India)
- Yousuf Dewan (Paquistão)
No Brasil existiam duas fábricas no passado: a Companhia Sudamerica de Fibras (SDF) que se localizava no Polo Petroquímico de Camaçari (BA) que utilizava tecnologia de fiação seca da Mitsubishi Rayon; e a Radicifibras em São José dos Campos (SP) que empregava tecnologia de fiação úmida da Dupont, tendo encerrado sua produção da fibra “Crylor” em 2013.
Em toda América existem somente duas empresas produtoras de fibras acrílicas a Companhia Sudamerica de Fibras (SDF) que esta localizada em Callao, Peru, e a Kaltex localizada em Altamira no México.
Em relação ao mercado mundial de fibras sintéticas que é da ordem de 70 milhões de toneladas por ano , dominado principalmente pelo poliéster, a participação da fibras acrílicas é relativamente pequena, mas vem se mantendo constante ao longo da última década, na faixa de 2 milhões de toneladas por ano, ocupando nichos de aplicações, onde suas propriedades diferenciadas em relação ao poliéster e nylon, tornam as fibras acrílicas vantajosas, como por exemplo, grande resistência a degradação por luz solar, isolamento térmico, resistência a solventes orgânicos e infusibilidade, similares com as fibras naturais, como a seda e a lã.