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Se você está apostando a longo prazo no uso de bioplásticos em embalagens, coloque seu marcador em plásticos baseados em materiais renováveis e sustentáveis, e não naqueles cuja sustentabilidade decorre de sua biodegradabilidade ou compostabilidade. Essa é uma das conclusões destacadas em relatório que analisa o mercado de bioplásticos e faz previsões para seu crescimento até 2020.
De acordo com o relatório, intitulado 'O Futuro dos Bioplásticos para Embalagens para 2020: Previsões do Mercado Global' e disponível da Pira International, a demanda global por embalagens de bioplásticos está prevista para chegar a 884.000 toneladas em 2020. Isso se traduz em uma taxa composta de crescimento anual de 24,9 % de 2010-15, desacelerando para um CAGR de 18,3% nos cinco anos até 2020. De acordo com o estudo, uma nova geração de bioplásticos serão os principais impulsionadores conforme a demanda do mercado de embalagens gradualmente muda de polímeros biodegradáveis e compostáveis para biopackaging com base em fontes renováveis e materiais sustentáveis.
MPW tem relatado extensivamente sobre esta nova geração de materiais, incluindo cobertura detalhada da Braskem, o fornecedor brasileiro de plásticos e produtos químicos que agora oferece graus de polietileno nos quais o eteno é derivado da cana-de-açúcar. A Tetra Pak e a P&G estão entre os proprietários das marcas que estão testando o polietileno 'verde' do fornecedor este ano.
O relatório de autoria de Pira identifica cerca de 50 fornecedores de biopolímeros para embalagens e apresenta previsões de tecnologia e mercado para 2020 para embalagens de bioplásticos por tipo de produto, setor de uso final, tipo de embalagem e região geográfica. Bioplásticos são definidos no relatório como materiais que são biodegradáveis e compostáveis e derivados de fontes renováveis e não renováveis, ou materiais que não são biodegradáveis e derivados de recursos renováveis.
A partir de 2010, a expectativa é de que a tecnologia dos bioplásticos mude com a comercialização de bioplásticos produzidos diretamente por organismos naturais / geneticamente modificados (GM) e a introdução pela Braskem e por outras empresas de polietileno (PE) não biodegradável e bio-derivado. A Pira espera que esses materiais respondam por um quarto da demanda total do mercado de embalagens de bioplásticos até 2020. Poli-hidroxialcanoatos (PHA) devem atingir um CAGR de 41% e PE bio-derivado um colossal 83% durante o período.
As tecnologias tradicionais de embalagem de bioplástico baseadas em amido, celulose e poliéster têm previsão de declínio na participação de mercado até 2020.
As embalagens de bioplásticos são um mercado altamente concentrado, com os cinco principais fornecedores respondendo atualmente por mais de 50% da demanda do mercado de embalagens de bioplásticos. Pira prevê grandes mudanças entre os principais fornecedores de embalagens de bioplásticos nos próximos cinco a dez anos. Grandes empresas petroquímicas, incluindo Braskem, Dow Chemicals e Solvay, estão programadas para iniciar a produção de PE bio-derivado em 2012 em instalações de escala industrial no Brasil, o que as impulsionará ao topo do ranking de produtores de bioplásticos nos próximos cinco anos. Telles, o fornecedor de PHA da joint venture entre a Archer Daniels Midland (ADM) e a Metabolix, também deve se tornar um grande player mundial, relata Pira. Várias empresas chinesas estão investindo em programas de expansão de capacidade que podem impulsioná-las a posições de liderança no mercado.
De acordo com o estudo, novas tecnologias importantes surgirão nos próximos dez anos. Várias empresas estão explorando o desenvolvimento de bioplásticos usando dióxido de carbono como matéria-prima. O potencial para um processo que converte dióxido de carbono residual em um produto útil é enorme, mas se o material produzido usando essa técnica se mostrará comercialmente viável dependerá se esses novos polímeros são de produção econômica. Um novo bioplástico à base de açúcar, que pode ser obtido de safras não alimentícias e produzido por meio de um processo de baixa energia, também deve chegar ao mercado nos próximos cinco anos.
As embalagens rígidas têm projeção de participação de 52,0% do mercado de embalagens bioplásticas em 2010, segundo Pira, com as embalagens flexíveis respondendo pelos 48,0% restantes. As bandejas e recipientes para varejo e serviços de alimentação são o maior tipo de embalagem única para embalagens de bioplástico, seguido pelo filme flexível. Pira espera que as embalagens flexíveis tenham uma participação cada vez maior no mercado de embalagens bioplásticas nos próximos cinco a dez anos. Adam Page, chefe de informações da Pira, explica: 'A demanda será impulsionada pela comercialização de PE e PHA bi-derivados e pela disponibilidade mais ampla e propriedades aprimoradas para o filme de PLA biaxialmente orientado (BOPLA).'
A Europa é o maior mercado regional para embalagens de bioplástico com mais da metade da tonelagem mundial em 2010. Ela se beneficia de atitudes favoráveis do consumidor e do varejo em relação a embalagens sustentáveis, políticas governamentais de apoio para a reciclagem de resíduos de embalagens e uma infraestrutura de compostagem bem desenvolvida. Embora a América do Norte atualmente fique atrás da Europa em termos de consumo de embalagens de bioplástico, as atitudes do governo e dos consumidores estão mudando. Pira espera que a América do Norte e a Ásia mostrem taxas de crescimento mais altas do que a Europa para embalagens de bioplásticos durante o período de previsão. O Japão é responsável pela maior parte das embalagens de bioplásticos asiáticos, principalmente como resultado de iniciativas governamentais favoráveis de apoio ao desenvolvimento do mercado de bioplásticos.
O relatório já está disponível com mais informações disponíveis no site da Pira.
Texto traduzido da Fonte.
Fonte:
https://www.plasticstoday.com/bioplastics-demand-will-grow-not-all-bioplastics-are-created-equal